Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A Festa (Primeira parte)

Luzia completava 18 anos. Tudo era alegria na casa daquele pai, um próspero criador de gado. Tinha a menina como seu maior troféu. Só namorava com ele por perto.
Justamente naquele dia, quando a música estava a todo vapor, o velho procura sua jóia e não a encontra. A pombinha estava, com o namorado, embaixo de umas árvores frondosas.
- Luzia, eu te amo!
As mãos de Antônio não paravam. Enquanto jurava amor, percorria o corpo da garota, que só balbuciava.
- Pa... pa... para com isso Antônio, papai pode ver a gente e não sei que será de nós.
Os dois nem respiravam, resfolegavam. Cada toque de Antônio naquela corpo virgem fazia com que a moça soltasse gemidos de prazer.

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