Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

terça-feira, 16 de julho de 2013

Questões

Por que cada dia e melhor que o outro?
Porque é tão bom te amar como louco?
Como pude te amar assim
Se antes eras nada para mim?
Será, meu Deus, que fui castigado?
E você castigada também?
Há algum tempo só me ignoravas
Hoje não consegues mais viver sem.
E eu, que na vida, mal te notava
Eras uma Deus do Olimpo, intocada
Nem em sonho eu te desejava
Agora és minha vida, adorada.
A ti só dedico amor
Vivo quase em devoção
A queimar de desejo e calor
Nosso amor hoje é pura emoção.
Não posso nem pensar em me afastar de ti
Por ti vivo, só te quero, eu te venero
Como a uma santa, em plena devoção
Dona do meu corpo e do meu coração.


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